quinta-feira, 26 de maio de 2011

hoje eu quis brincar de ser feliz

Ultimamente, tenho tido muitos daqueles dias em que não se sente nada. Seria quase como férias de mim mesma, se eu não tivesse que enfrentar a ilusão que é essa idéia, todos os dias. É quase assim: ponho o sorriso no rosto e tento me convencer que é de verdade. Às vezes, até que é. Talvez chegue ao ponto da mentira se tornar tão comum que se transforme em verdade. Talvez chegue o dia em que eu me perca nas minhas próprias utopias e possa vivê-las sem o peso de estar em constante fantasia. Porque sonhar, para quem tem 19 anos de responsabilidades nas costas, parece pura ingenuidade. Quase perda de tempo, eu diria. Então eu não me sinto mal e, por favor, não me julguem, se eu acordo mais cedo todos os dias para treinar meu sorriso no espelho. Um pouco mais aberto, um tanto mais discreto, um pedido desesperado de que tudo possa ser mais bonito – entendam como quiser. No fundo, sou criança; não me envergonho do pouco que sei e do muito que prefiro continuar sem saber. Tudo e nada, se for para manter um sorriso...
Hoje eu estou sonhando que desse sonho eu não vou acordar.
Sem meias e duras palavras, por favor, me deixem assim.

Texto extraído do Blog Verdade mal Contada de Deyse Batista

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