Quando você está emocionado e não tem controle das suas emoções, você se transforma numa pessoa muito impulsiva, diz bobagens… Às vezes tinha briga em casa que quem passasse na rua achava que nunca mais a gente ia voltar a falar um com o outro… E às vezes quando estamos emocionados falamos que nunca mais queremos falar o nome, ver a cara, é força da emoção.
O problema é que o discurso fere, machuca, e quando você rompe um relacionamento dói você pensar no investimento afetivo que você fez, mas pense que o mundo não acabou. Eu sinto que acabou, mas não é verdade, meu mundo não acabou porque o outro foi embora, eu posso trazê-lo pra minha vida, amar e ser amado é importante, ter pessoas que fazem parte da sua estrutura, seus amigos, sua família, mas há momentos que você perde, eu perdi aquela pessoa, mas ainda tenho a minha vida, e eu começo a me distanciar da emoção e colocar as coisas no lugar…
Quanto mais tempo você investe a sua vida do lado de uma pessoa, maior é a dificuldade de viver o sofrimento, o sofrimento psíquico é muito duro de ser sentido, porque faz doer tudo, é difícil encontrar o ponto de equilíbrio, essas questões afetivas precisam ser racionalizadas. É você começar pensar de maneira mais fria sobre o que você perdeu.
Conversando com uma pessoa da academia que terminou um namoro de muito tempo, e perguntei como estava…Ela falou “estou ótima”, e conversando ali percebi que o que faz ela estar ótima é a capacidade de racionalizar, quando terminou o namoro foi ela achar o que tinha perdido, mas quando deixou a prevalência do sentimento sobre a razão, ela viu que não perdeu tanto assim.
Às vezes idealizamos tanto o outro que esquecemos da razão… Todas as vezes que não racionalizamos a emoção, corremos o risco que ela nos controle!
Permita-se recuperar dessa perda, porque se você não se permitir vai ser impossível superar essa dor.
Texto de Padre Fábio de Mello
Postagem: K. Alberti
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