segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sigo te amando. Mas continuo seguindo.

As pessoas vêm a mim perguntar como não estou sofrendo, como não me machuco quando te vejo com outra. Como? Parece tão difícil e, eu sei, talvez seja. Mas existe alguém que pode controlar tudo que há em mim. Depois de você, sou eu. Evito pensar no que poderia estar sendo, no que deixou de ser, no quanto não gosta de mim. Isso só me machucaria. Apenas isso: eu evito pensar. Não penso, para não sentir. Mas à noite, quando minha cabeça toca o travesseiro, é quase inevitável. À minha mente, tudo que vem é a ideia de como seria se tudo desse certo. Então, eu adormeço só com a ideia. Acordo sabendo que não passou de uma noite, não passou de mais um sonho em que eu estive com você. Ao acordar, sigo. Não gosto de ter que constatar o sentimento (ou a falta dele) que você alimenta por mim. Nunca gostei. Eu apenas não posso parar, não quero ver minha vida passando pela janela enquanto você vive a sua. Tenho que lhe encarar todos os dias. O quanto isso doeria se eu parasse pra pensar? Provavelmente muito. Às vezes, estar do seu lado me incomoda. Às vezes, só o que eu quero é estar lá. Mas isso eu controlo. Quando estar ali é dificil pra mim, eu saio. Quando não é, eu fico. Não por você. Só porque quero ficar. E eu sigo te amando. Às vezes mais, às vezes menos, às vezes quase inexistente. Sigo te amando. Mas continuo seguindo.

Letícia Lemos
Postagem: K. Alberti

Nenhum comentário:

Postar um comentário